Hoje, amadurecida, tenho o diário como amigo e confidente.
Compreendo que um dia talvez tenha de destruí-lo. Isso pouco
importa, a última página será escrita. Mas o fato é que desejava
dizer para alguém tudo que estava vivendo e aprendendo naqueles
primeiros anos. Estava ao lado de um ser imortal, como eu mesma,
entretanto, repleto de força, conhecimento, poderes únicos e que
me faziam admirá-lo cada vez mais!
– É proibido a um vampiro revelar por escrito os eventos que
movem sua vida imortal e a dos que o rodeiam, sob pena de morte
imediata – Jan Kmam falou, olhando-me debruçada sobre o diário.
– Foi um presente do rei.
– O rei é uma criatura astuta e perigosa. Jamais confie nele
plenamente. Está me ouvindo, Kara? – Jan pediu, segurando meu
rosto com delicadeza.
– Sim, estou, meu amor – respondi suave.
– Lembre-se, pode ser somente corda.
– Corda?
– Sim, Kara, corda – Ele disse risonho. – Não vá se enforcar.
Dito isso, saiu para alimentar-se e não voltou a tocar no assunto
ou me proibir de continuar escrevendo no diário, dando-me a
liberdade de escolher o que fazer. Após seu aviso, resolvi guardar o
livro para somente voltar a vê-lo um ano após meu rapto. Na época,
recebi-o das mãos de Radamés, Senhor da Ordem de Thoth.
Mais adiante neste relato revelarei quem ele é. Resolvi não datar
meus relatos, pois isso os tornava inverossímeis caso caíssem em
mãos erradas. Eu o faria em código e de modo invisível.
O diário se tornou parte de minha vida e nele guardei um
pouco de todos os que me rodearam e rodeiam. Seus pequenos e
grandes delitos. O amor que divido com Jan Kmam, as pequenas
culpas, a saudade, a dor, as traições e meus maiores segredos que
seguramente não dividirei com ninguém além destas folhas mudas.
Não devo manchar nossa convivência com revelações, episódios
que nada significaram diante do que sentimos, acontecimentos provocados
por personagens nefastos, vindos do passado e do presente.
Alguns deles cheios de poder, outros somente cheios de amor,
ódio, com sede de vingança e sangue – meu sangue. O passado
pode e deve ficar aqui, confinado no silêncio destas páginas. Afinal,
o que significaram esses eventos? Nada! Pois não conseguiram
diminuir o amor que sinto e pertence exclusivamente a Jan Kmam.
Detive minha mão sobre o diário e contive um pensamento.
Virei a folha e prossegui.
Estávamos em Paris há três meses e nossa “casa” era o Plaza
Athené, por assim dizer, mas tudo que desejávamos era o nossocanto, um pouco de liberdade e privacidade.
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Beijos mordidos!
3 comentários:
uau... poxa ja to lendo correndo o livro pra poder ler o Kara e Kman kkkkk ai ai...
bem, só por essas prévias eu realmente vou gostar... ja tenho certeza disso...
Bem falta pouco pra eu começar.^^
Olá Nazarethe, que interessante isso! Uma amiga me indicou "Alma e Sangue" quando soube que comecei a escrever meu livro que traz personagens vampiros, me disse que a leitura da sua sua obra me ajudaria muito na escrita da minha. É o que está acontecendo, eu precisava te agradecer por isso, sua forma de escrever tem me fascinado. Grande abraço.
Eu já li!!
Mas quero ler de novo!
Pena que emprestei pra minha irmã e ela demora trevas pra ler :(
;*
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