quarta-feira, fevereiro 25, 2009

O Carnaval, a Televisão, o Ano e Um comenta Verde.


O mundo lentamente volta ao normal, após um feriado prolongado e festivo. O Carnaval não é uma de minhas festas preferidas. Não sei se tenho uma... Talvez a Páscoa.
O ano vai começar verdadeiramente agora, como diz um amigo meu:
“- Fevereiro é mês morto para a literatura” .
Ele está certíssimo. Viva a literatura que agora respira e anda. Meu feriado foi cheio de letras e tentei me concentrar no melhor, nas coisas que realmente tem peso na vida.
Não raro perder o foco pelo mesmo foco. Louco não? Mas real, estou tão absorvida nos meus objetivos que os perco. Voltar é complicado e nem sempre fácil. Geralmente com alguma dor volto ao eixo.
Centrada no que realmente tem de ser feito, volto às telas com idéias nem sempre novas, nada obstante, todas minhas. A maioria de relevância duvidosa, mas de entretenimento garantido.
Por aqui não lerão fatos jornalísticos, pequenas e grandes catástrofes, política e mercado financeiro.
Deixe isso para os telejornais. Os arautos das notícias ruins e raríssimas de boa qualidade. Radical? Um pouco, mas exibir nem sempre é resolver e agradar.
Globalizar não significou apaziguar. É somente um modo de aumentar a fofoca, agora canalizada por meio de fibra ótica. Prefiro não ver TV, ela tem seus momentos de puro terror e às vezes uns poucos de beleza. Prefiro selecionar, ao invés de aceitar o que o horário nobre quer me fazer engolir.
Os desfiles de Carnaval exibidos pela TV foram bonitos, eu soube. Eles foram vistos por muitos, divulgados e propagados.
O ano prossegue entre tarefas diárias e novos motivos para parar por aqui ou prosseguir. Você é quem vai decidir. O tempo come os dias de garfo e faca, e logo mastiga a folha de mais um mês.
Souberam que um cometa deslizou pelo céu esses dias? Poucos viram o cometa, pois havia muitas estrelas desfilando na Sapucaí. Soube que ele era verde. Seria um pedaço de Cripton? Sim, um pedaço do planeta do Super Homem. Falando nisso, onde ele está?
Lembre-se o tempo é seu, faça dele o que bem quiser.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Estou por ai!

Estou por ai, meio irritada com as coisas que sempre são lentas e se repetem, não liguem, esticar as cordas do violino para mim é um grande prazer.

Adoro quando ele me dá ouvidos e diz que sou o amor dele. Coisa rara, ele me dá amor em doses homeopáticas, de certo tem medo de uma super dosagem. Entendo pouco, mas sinto o bastante para saber que tudo vai ficar bem melhor.

Eu posso perder a razão, mas sempre está com ela. É egocentrismos querer que tudo funcione certo a sua volta?

Esqueça a filosofia, é coisa complicada, todos os filósofos que conheço estão de barbas brancas e carecas e já morreram. Acho que conheço pouca gente.

Minha mente foge sempre de mim, ela teme os caminhos que percorro sozinha, os melindres a que me disponho, às fantasias proibidas que sozinha vou tecendo como uma aranha. Ah! Não entre se tem medo do escuro.

O que não posso ter, eu possuo mentalmente. Encho páginas inteiras com delírios e taras... Manias, fetiches e desejos inconfessáveis. Às vezes me deixo ficar muito quieta, é preciso minha mente é uma arma perigosa.
Outro dia fiquei sentada e quando percebi já estava na esquina, vagando por uma cidade que conheço intimamente, mas que quero provar inteira. Descalça na beira da praia fitando ondas, sentindo o sal do mar sobre meus lábios.

Eu te visito em sonhos, te beijo e quando se meche inquieto eu espero. A paciência é um dom que conquisto com muito treino e amarada numa cadeira. Detalhe, eu prefiro correntes, as cordas eu já roí.

Estou por ai, se quer saber de verdade. Pois a localização é o que menos importa, se você tem a mente livre e a alma bem leve. Para que se faça entender, tudo que dá prazer é bem-vindo, desde que não faça mal a ninguém.
Eu realmente estou por ai, basta você prestar atenção.

sábado, fevereiro 14, 2009

Todos os dias.



Saio do trabalho e enquanto caminho até o ponto de ônibus começo a pensar. O trabalho ficou para trás, mas o tempo é tão curto e logo tudo passa. Desço na minha parada e enquanto caminho para casa vejo as coisas de sempre, minha mente se anima e começa a escrever sem mim.

Posso ouvir as palavras e não há como copiar nada, pois estou caminhando, eu sequer cheguei. Preciso de um banho, comer.

Ligo o computador e vejo e-mails, coisas a fazer e no banho o texto continua na minha cabeça, as cores da noite, o toque da água. Tudo tão nítido, mas não posso escrever está tudo molhado.

Enquanto como penso em coisas que o silencio não permite, a TV me mostra coisas que realmente me silenciam até o coração. Fujo para um mundo melhor, meu mundo. Mas o que sou, está clamando por espaço não só no papel.

Minha vida muda devagar e às vezes tenho de empurrar. Puxar, e exigir que este relógio invisível se mova. Tempo, mais tempo. Para que? Por quê?

O papel se enche de letras, a tela também e minha mente silencia. Busco o jardim e descalça só sinto as formigas me mordendo. A lua está linda, o jardim na escuridão é um mundo encantador.

Sento no banco de madeira e me pergunto até onde a mente vai sozinha. E quando o vento balança as roseiras e elas me fazem entender que estou em casa. Quero companhia, seus braços, minha mente fala novamente e posso ouvir seu nome. Ver seu rosto e não quero escrever, eu agora posso, mas não quero falar de tristeza. Só sinto o cheiro que sempre está comigo.

A grama esta úmida e fresca, deito no chão e fito as estrelas, o tempo esta passando as nuvens passeiam suaves, lentamente e a minha volta só existe o que sempre existiu, a solidão.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

O Raptor de Almas.



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Hoje quero me reinventar,
Preciso de novas emoções, algo que faça meu sangue frio ferver.
Se é, que me entende?

À noite me acompanha há tantos séculos...
E mesmo assim sua luz ainda consegue me dar prazer.
Ela me mostra o caminho até minhas vítimas.
A noite dorme comigo, somos amantes.
E é sob seu olhar que faço o sangue verter.

Belos, fortes, inocentes e culpados.
Sangue é tudo que importa.
Sob meus lábios vi muitas vidas quanto às sugava ávido.
Elas corriam para dentro de minhas veias,
Cheias de imagens e revelações.
E fizera-me compreender que não era o único demônio sob a face da terra.
A dor de muitos me fez chorar sangue.

Meu paladar está mudado e eu só desejo matar minha sede.
Reanimar meu corpo morto, manter a minha alma viva.
Os meus desejos estão mais intensos e tudo perece sob meus lábios.
A carne pode ser firme, mas eu a farei tremer sob minha língua perversa.
Gosto de quase tudo, inclusive de ouvir sussurros.
Não gosto de lágrimas ou gritos, mas posso muito bem tolerar que se debatam.
Eu posso conter todos debaixo de minhas presas.
Debaixo de um olhar suave, um beijo mordido.
E tudo termina dentro de meu coração.
Fazendo-me compreender que sou um ser feito de fome.
Eu desejo mais do que possuo, mas eu posso ter tudo que desejar.

Eu já devorei um mundo inteiro e continuo impune.
Claro, já tentaram me ferir...
Mas também feri.
O sabor do sangue de minhas vítimas mudou.
Ele tem gosto de passado e dor.
Eu quero saber por que você me teme.
Acredite, meu sorriso é pontudo, meu coração não bate.
Mas eu posso te amar infinitamente.
Os meus beijos são únicos e quanto tocar minha pele, será tarde demais.
Sou imortal, mas o seu sangue faz de mim o que sou.
Um raptor de almas.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Casos raros...



Uma vez ou outra a vida exibe seus melhores atributos, a natureza liberta aos nossos olhos os seus melhores espécimes.

Rachel Brice é um caso raro de originalidade, beleza. Dançarina, encantadora, misteriosa, atemporal.

Surgiu aos olhos do mundo em 2003, através do empresário Miles Copeland. Suas roupas tem uma característica única, extravagantes,antigas, envelhecidas como se ela houvesse saído de um harém.

Ver Rachel dançar é mergulhar em um mundo raro e cheio de significância que ela recussitou. Confesso, fiquei impressionada e dançei junto com ela.E tudo que queria era dançar mais e mais.

Sou fã assumida da dança do ventre, algo digno de nossos corpos femininos. Pés descalços girando, braços e colo, seios, pernas amostra, quadris em movimento, movendo-se ao som do Nay, Kanoum, Deholla e meu preferido o Alaúde.

Ela dança ao som das percussões tradicionais árabes, mas elas mudam e se tornam elétricas, ao estilo noise music.

A dança do ventre nos faz despertar para a mulher interior que esta enjaulada, mascarada, mas pronta a se mostrar bela e leve,dançarina,fêmea.

Suas roupas são extravagantes e bem diferentes das tradicionais, mas isso só acrescenta mais exotismo e sensualidade. Movimentos sensuais, sinuosos. Não raro vermos serpentes, enquanto ela dança.

Rachel é linda, quase vampira, imortal, pois conseguiu ser única.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

A minha espera.



Sofro de uma doença sem cura, ansiedade. Já fizeram musicas sobre a ansiedade. Se pode tomar remédio controlado, mas minha cura esta longe das notas musicais e mais ainda das prateleiras das farmácias.
Estou grávida! E de gêmeos, dois lindos meninos, um chama Alma I, e o outro Alma e Sangue II. Uma gestão longa e dolorosa,de risco alguns disseram,mas eu sou teimosa e os mantive.
Sou mãe solteira, engravidei por amor. Fiz de cada momento único, os espero como já afirmei, ansiosamente. Bordei,tricotei, costurei e visitei vários médicos, mas minha espera é normal dizem alguns amigos mais próximos.
A paciência tornou-se meu maior dom, mas minha ansiedade é forte, aguda. Os sinto chutar,são bastante ativos. Tenho suspeita de que são meninos.
Serão muito independentes e sortudos, tenho certeza, serão bem recebidos por todos os que os esperam.
Sinto-me uma mãe elefanta e na cadeira de balanço com minha grande barriga os espero pacientemente, nem tanto, já tive meus momentos, meus desmaios, e ate internamentos. Arrependimentos? Sim alguns, mas jamais tentei matá-lo.
Senti-me sozinha, desprotegida, chorei, dizem que são os hormônios. E, confesso, em alguns momentos me desesperei. Ser mãe solteira não é fácil, não no meu estado.
Em alguns momentos tive receio de perder um deles. Mas a fé move montanhas e quem sabe o universo. Mas quando se espera, como eu esperei, aprende-se que as lágrimas secam, a dor passa e o que fica são as vitorias.
Minha barriga ainda está aqui, mas hoje, me sinto um pouco mais tranqüila, claro, é um estado delicado e por vezes inquietante, cheio de etapas e ansiedade.
Entretanto, breve, muito breve, darei a luz aos meus filhos.